O Poder da Doutrina
Texto Áureo: João: 17. 17
Abordagem: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”.
INTRODUÇÃO:
Não é correto dizer que a Bíblia contém a palavra de Deus, mas que a Bíblia é a Palavra de Deus. Ela é viva e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes (Hb: 4.12). É Palavra poderosa, que sacode o pecador, perdoa, salva e abençoa. É o segredo da vida vitoriosa do jovem (Sl: 119. 11); é escudo e broquel; é luz para o caminho e lâmpada para os pés; deve habitar ricamente em cada coração (Cl: 3. 16), pois nos ensina o caminho para andarmos mais perto do Senhor Jesus. E o próprio Jesus é a Palavra, como lemos em Jo; 1. 1. E o mesmo João diz que a Palavra de Deus é divina semente plantada em nosso coração e nos dá poder para não vivermos na presença do Senhor.
1 – DOUTRINA DA OBEDIÊNCIA À PALAVRA
1.1 – Observando os mandamentos. No evangelho de João, Jesus associa as grandes bênçãos à observância de seus mandamentos, como por exemplo: 13.34; 14. 15, 21,24; 15.14; 17.8. E muitos outros textos. É verdade que não estamos na Lei, e sim da Graça. Mas isso não nos isenta de cumprir os mandamentos de Deus. Afinal, a diferença é que sob a Lei, o homem teria de cumprir os mandamentos por sua força, além de estar em uma condição de escravidão ao pecado. Porém pela Graça, o Senhor nos capacita, pela regeneração e plenitude do seu Espírito, a fazermos o que lhe agrada (Gl: 5.16).
1.2 Esperando o cumprimento da Promessa. Pela obediência à Palavra de Jesus, 120 discípulos receberam poder, ao descer sobre eles o Espírito Santo: At: 1.8; 2.1-4. Jesus ensinou, deu mandamentos por intermédio do Espírito Santo, segundo Atos 1.1-5; e, “comendo com eles, determinou-lhes que permanecessem em Jerusalém esperando a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes”. Aqueles que foram obedientes e ficaram firmes, aguardando o cumprimento da promessa, não se arrependeram. Deus galardoou a sua fidelidade e os encheu do seu Espírito no dia de Pentecostes.
1.3 Muitos desobedeceram e perderam a bênção. Temos aqui a Palavra do Senhor operante, traçando metas, orientando e dando ordens. Quando o Senhor Jesus deu esse específico mandamento (Lc: 24. 49) estavam presentes mais de 500 irmãos (1Co: 15. 60; a maioria não atendeu à Palavra do Senhor, tanto que no dia de Pentecostes, dia em que se cumpriu a promessa de Deus, apenas 120 estavam em Jerusalém (At: 1. 15). A promessa foi cumprida, apesar de desobediência da maioria.
2 – A DOUTRINA DA PROCLAMAÇÃO DA PALAVRA
2.1 – Porque a Palavra é poder. Como já tivemos oportunidade de ver em Hb: 4.12, a Palavra de Deus é espada de dois gumes, isto é, poder que penetra, perscruta, discerne e revela as intenções mais íntimas do coração humano. Foi poder para Pedro e João quando desafiaram as proibições das autoridades judaicas (At: 4.19); foi poder para continuarem o trabalho do Senhor (v. 20); foi poder quando oraram: “Agora Senhor, olha para as suas ameaças, concede aos teus servos que anunciem com toda intrepidez a TUA PALAVRA” (At: 4. 29); foi poder para Estevão confundir os sábios de Jerusalém (At: 6.9,10) e para enfrentar o Sinédrio, que o condenava à morte pelo “crime” de pregar o evangelho (At: 6.15). E ainda hoje é poder contra as astutas ciladas de Satã, contra o mundo vil, contra o pecado e contra o inimigo.
2.2 - Porque a Palavra alimenta e capacita. Os convertidos se alimentavam da Palavra: “Doutrina dos apóstolos”, aquilo que eles beberam dos ensinos de Jesus. Não se alimentaram de meras emoções, mas da Palavra do Senhor: At: 2. 42-47. Alimentaram-se da comunhão com Deus e com os que compartilhavam da mesma fé. Contemplaram prodígios e milagres, estavam unidos, tinham tudo em comum, tomavam as refeições com alegria e singelezas de coração louvavam a Deus, e cresciam em número (At: 2. 46, 9. 31).
2.3 - O sermão de Pedro é prova desse poder. O Espírito Santo foi derramado em Jerusalém com grande poder. Abalou a cidade: veio um som como de um vento impetuoso; línguas repartidas como de fogo pousaram sobre cada um dos 120; todos ficaram cheios de Espírito Santo; começaram a falar línguas do Espírito Santo, exatamente as línguas de 16 nações diferentes. O fenômeno foi mal interpretado por alguns; nessa altura, Pedro, cheio do Espírito Santo, ergue a voz e prega a Palavra com poder inusitado. Ousadamente proclama: a) Estes não estão embriagados; b) neste derramar do Espírito, cumpre-se Joel 2; c) que Israel ouça a Palavra do Senhor (v. 22); d) vós, judeus matastes a Jesus, crucificando-o por mãos iníquas; e) Deus o ressuscitou, dando a Jesus vitória sobre a morte. Esta Palavra foi a rede para puxar cerca de três mil almas (vs. 37-41).
3 – O PODER DA PALAVRA QUE SALVA
3.1 – “Pregar” é “semear” a Palavra. Em Atos 8.4 se lê: “os que foram dispersos iam por toda parte pregando a Palavra”. Pregar aqui equivale a semear, portanto os dispersos iam por toda parte semeando a Palavra. Palavra de Deus e não de homem. Quem semeava a Palavra? Um exército de homens e mulheres, provavelmente milhares. Eram os dispersos da Igreja em Jerusalém. Falavam do que tinham ouvido dos apóstolos e do que experimentavam do poder e da graça de Jesus em suas vidas.
3.2 – A Palavra do Senhor prevaleceu para salvar. A Palavra do Senhor foi poderosa em Atos: 8. 32-38, onde ela é exemplo como instrumento para salvar o eunuco da Etiópia, na pregação simples de Filipe. E a Palavra de Deus prevaleceu sobre a palavra idólatra. E em inúmeras outras ocasiões aconteceram fatos semelhantes, pelo poder da Palavra do Senhor.
3.3 – A Palavra de Deus produz frutos. O grande auditório de milhares, no significativo dia de Pentecostes, ouviu a Palavra (At: 2.37); note que foi a Palavra, e não a sabedoria humana. O povo ficou abalado pela Palavra e em lugar de Pedro fazer o apelo para que as pessoas viessem à frente, o povo foi quem pediu misericórdia. Eram pessoas profundamente arrependidas. Naquela multidão heterogênea devia haver assassinos, ladrões, adúlteros, prostitutas, fariseus e publicanos. E os quase três mil foram batizados em Nome do Senhor em cumprimento à Palavra de Jesus (Mateus: 28. 18-20). Desde aquele dia até hoje, a Palavra tem sido e continuará sendo poderosa para produzir frutos para a vida eterna.
CONCLUSÃO
Aprendemos aqui o quanto é importante obedecermos ao Senhor e viver com fidelidade à luz de sua Palavra. Portanto, semeemos a maravilhosa Palavra do Senhor.
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