Pular para o conteúdo principal

DOUTRINA DA UNICIDADE - PARTE 1

 DOUTRINA DA UNICIDADE


TEXTO ÁUREO: ISAÍAS: 45. 6


INTRODUÇÃO:

Ser supremo, princípio da criação, soberano, onipotente, onipresente, onisciente, o Todo-poderoso e muitos outros atributos como estes, referem-se ao único Deus, o Senhor nosso Deus. Atributos que revelam que dentro de uma mesma morada não pode haver dois seres que venham a possuir semelhante divindade, dois seres absolutos, dois que estejam a exercer todo o poder. Por conseguinte, estudaremos a partir de agora a doutrina da Unicidade.

1 – O DEUS CRIADOR

1.1 – A EXISTÊNCIA DE DEUS

“No princípio criou Deus os céus e a terra” (Gênesis: 1.1)

Admiravelmente, vemos a primeira manifestação do nosso Deus, exercendo o seu primeiro atributo, “Criador”. Observamos que a palavra ou nome titulado “Criador” significa: formador, inventor, fundador. Em outras palavras, alguém capaz de fazer algo de sua própria ideia e de sua própria maneira. Não obstante, a astrofísica afirma que a origem do Universo se deu não por conta de uma intervenção divina, mas por uma ação em cadeia de fenômenos físico-químicos. Porém, se tal afirmativa fosse verdadeira seria, por isso, necessário negar a existência de Deus, e admitirmos uma vida terminal, estaríamos todos perdidos e condenados ao infortúnio da sorte e do acaso. Há uma música secular que diz: “O acaso vai me proteger”; transmite a ideia de que Deus é apenas puro acaso. Você acredita nisso?

1.2 – DEUS, ÚNICO CRIADOR

“Eu fiz a terra, e criei nela o homem; eu fiz: as minhas mãos estenderam os céus...” (Isaías: 45. 12ª). Observamos com isto que não pode haver dois criadores para o grande Universo. “Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus e os desenrolou, e estendeu a terra e o que dela procede; que dá a respiração ao povo que nela está, e o espírito aos que andam nela” (Isaías: 42. 5). Todos os profetas ao se referirem à criação, nunca mencionam “senhores da criação", mas sempre usam o termo “Senhor” (Gên.: 2.4; Zc: 12.1; Is: 42.5; 44.24; 45.12; 45.7; Sl: 102.2,25; 24.12; Pv: 3.19).

1.3 - EXPLICANDO GÊNESIS: 1. 26

Poderia agora surgir a pergunta: porque Deus usou a expressão: “façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança...”; A explicação é a seguinte: quando Deus usou a expressão “façamos”, não estava referindo-se as pessoas distintas da trindade, mas aos anjos que o cercavam. Veja outra parte da escritura: “Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam?” (Jó: 38.7). Deus nunca se manifesta sem que existam anjos ao seu redor. Quando veio entregar a lei (Dt: 33. 2); quando vir para julgar (Dn: 7.10). Na criação os anjos também estavam presentes; “Eu é que fiz a terra, e nela criei o homem; as minhas mãos estenderam os céus, e a todo o seu exército dei as minhas ordens” (Is: 44. 24). Com isso, dizemos que Deus é o único Criador: “Assim diz o Senhor, teu Redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o Senhor que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus, e espraiei a terra (quem estava comigo?)” (Is: 44.24).

2 – O JUSTIFICADOR

2.1 – DEUS, O VERBO

“No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus; E o verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória como a glória do unigênito do Pai cheio de graça e de verdade” (João: 1. 1,14).

No começo de tudo a única existência era a palavra (verbo); através da palavra (verbo) todas as coisas foram feitas; e sem a palavra (verbo) nada poderia ter sido feito, sem a palavra nada existiria; Deus é a própria palavra que formou todas as coisas. E esta mesma palavra de ação, ou seja, o verbo se fez carne, se fez humano e habitou entre nós. Deus habitou em forma humana entre nós: “mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses: 2. 7,8).

2.2 - DEUS MANIFESTOU-SE COMO HOMEM, POR QUÊ?

2.2.1 – Toda raça humana estava afastada de Deus:

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;” (Romanos: 3.23); “... andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Efésios: 2.3).

2.2.2 – Só existe remissão (perdão) através do sangue:

“...; porquanto é o sangue que faz expiação, em virtude da vida” (Lv: 17. 11b). “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb: 9. 22).

2.2.3 – Sacrifícios de animais já não agradavam a Deus:

“De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes” (Isaías: 1. 11). “Sacrifício e oferta não desejas; abriste-me os ouvidos; holocausto e oferta de expiação pelo pecado não reclamaste” (Sl: 40. 6). “porque é impossível que o sangue de touros e de bodes tire pecados” (Hb: 10.4).

2.2.4 – Era necessário um sumo sacerdote perfeito e também um sacrifício perfeito:

“mas na segunda só o sumo sacerdote, uma vez por ano, não sem sangue, o qual ele oferece por si mesmo e pelos erros do povo; dando o Espírito Santo a entender com isso, que o caminho do santuário não está descoberto,...” (Hb: 9. 7-8).

2.3 – O SACRIFÍCIO PERFEITO

Haveria entre nós um sacrifício, ainda que humano capaz de apagar os pecados de centenas de pessoas? Certamente que entre os homens não havia e não há, por que todos possuem pecados: “Se dissermos que não temos pecados enganamo-nos a nós mesmos;...” (I João: 1. 8).

Mas, como Deus sendo Espírito, derramaria sangue? Pois a escritura diz: “Deus é Espírito...” (I João: 4. 24). É exatamente nesse momento que as palavras do apóstolo, são expressas, onde diz: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós...” (João: 1. 1-14); isto é: “... Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo...” (II Coríntios: 5. 19). Expressamente fala o apóstolo na carta aos hebreus dizendo: “Mas vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros,  por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos; isto é, não desta criação; Nem por sangue dos bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção” (Hb: 9. 11-12). “..., para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue” (At: 20. 28).

3 – O INTERCESSOR

3.1 - O MINISTÉRIO DA INTERCESSÃO

“Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos anunciará as coisas vindouras” (João: 16.13).

Notamos que o ministério da intercessão, sobre qual está escrito no texto acima (João: 16. 13) “... aquele Espírito de Verdade...”, ao qual a Bíblia refere-se como consolador (Intercessor, Paracleto, Espírito Santo).

3.2 - QUEM É O CONSOLADOR?

Quem é o Consolador? Seria a terceira pessoa da “Santíssima Trindade”, Não! Porquanto, seria necessária a existência de outro espírito supostamente mais puro, mais santo do que Deus, pois está escrito: “Deus é Espírito...” (João: 4. 24).  Uma vez que, o Consolador é o Espírito Santo (João: 14. 26). Agora se ponderarmos bem, Deus é Espírito, sendo assim pode haver um espírito mais puro, mais santo do que DEUS? Logo, Deus é o próprio e único Espírito Santo. O próprio Deus ao se referir sobre o Consolador disse: “... derramarei o meu Espírito...” (Joel: 2. 28).

3.3 - O OUTRO CONSOLADOR

Porque Jesus usou a expressão: “... Outro Consolador...”? (João: 14. 16). Neste versículo Jesus não está falando de um ser diferente, pois no manuscrito, o qual foi escrito em grego, não foi usado o vocábulo “Heteros” = Outro diferente, mas empregou-se o vocábulo “Allos” = Outro igual; vocábulo utilizado para referir-se a uma pessoa capaz de realizar ações diferentes, mas tendo em si o mesmo objetivo ou de mesma essência. Portanto, vemos que o Consolador não é outra pessoa (distinta; diferente).

CONCLUSÃO:

Portanto, percebemos que nenhum outro ser pode ser adorado, nem mesmo os anjos, mas unicamente Deus deve ser adorado. Aprendemos que Jesus não é a segunda pessoa da trindade, mas é a manifestação de Deus como homem, e que morreu na cruz para nossa salvação. Também, vimos que o Consolador é o próprio DEUS que transforma nossas vidas e nos guia em toda verdade.

REFERÊNCIAS:

BERNARD, Davi K. – Essenciais da Unicidade, 1ª edição, Casa Publicadora Pentecostal, Rio Grande do Sul, 1999.

M. A. C. Cave, Traduzido por: R. S. Reinboldt. Revisão: Samir El Hayek - A Doutrina da Trindade é Realmente Divina? – WAMY, São Paulo, 1996.


STOTT, Jonh R. W. A verdade do evangelho: Um Apelo a Unidade. Trad Marcell e Silêda S. Steuernagel. Curitiba – PR: Encontro; São Paulo: EBU editora, 2000. 


STOTT, Jonh R. W. A Mensagem do Sermão do Monte: Contracultura Cristã . Trad. Yolanda M. Krievin. 3ª ed. São Paulo: ABU Editora, 2001. 235p. 


STOTT, Jonh R. W. Crer é também Pensar. Trad Milton A. Andrade. 7ª Ed.São Paulo: EBU editora, 1997. 


STOTT, Jonh R. W. Cristianismo Equilibrado. Trad Lourenço Vieira.Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1982.


Comentários

  1. Parabéns pelo rico conteúdo! Fico feliz em ver o crescimento da doutrina verdadeira do nosso Senhor Jesus Cristo, o único Deus e a vida eterna!

    ResponderExcluir
  2. É maravilhoso poder ter esse ensinamento parabéns pelas verdades que ensina

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A DOUTRINA DO BATISMO NAS ÁGUAS

A DOUTRINA DO BATISMO NAS ÁGUAS Texto Áureo: ATOS 2. 37 - 38 INTRODUÇÃO O Batismo é um assunto importante nas Escrituras. Muitos textos mostram que o batismo está intimamente relacionado com outros temas fundamentais do evangelho. Quando Jesus encarregou os apóstolos de pregarem a sua Palavra, ele fez o batismo ser um elemento central da mensagem que eles deveriam pregar ao mundo. Quando Paulo apresentou os fundamentos da unidade cristã, o batismo era um deles: "Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos" (Efésios 4:4-6). Você pode perceber a importância do batismo por causa da sua ligação com aqueles outros elementos vitais do cristianismo, O batismo é um dos vários requisitos indispensáveis para a salvação. 1 – ENSINADO POR CRISTO 1.1 – MARCOS: 16. 15 -16 “E disse-lhes: Ide por todo o mun...

Retorno das nossas atividades na Congregação IEFAP Vila Apolônia

 Retornando aos trabalhos na Congregação IEFAP Vila Apolônia Hoje (22/05/2021), depois de um tempo de trabalho de construção do Templo, a nossa Congregação IEFAP Vila Apolônia retorna com suas atividades, e ainda com projetos de ampliação e propostas de trabalho evangelístico. Agradeço muito a todos os membros da Congregação IEFAP VILA APOLÔNIA, Todos são muito presentes, sempre estão de prontidão, são muito colaborativos, e Graças a Deus muito unidos. E nesse últimos dias foram ainda mais prestativos. Obrigado meus queridos irmãos da Congregação da Vila Apolônia.